Quantos homens sabem observar?
E, desses poucos que sabem, quantos
observam a si próprios? “Cada pessoa é o
ser mais distante de si mesmo”
A VIAGEM ATÉ NÓS MESMOS é sempre a mais longa e tortuosa,
pois
implica dar muitas voltas para encontrar algo que estava tão
perto que éramos incapazes de ver.
Não é por acaso que, das três perguntas existenciais
clássicas – Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? –, a da
identidade venha em primeiro lugar, pois aquele que não sabe
quem é dificilmente terá consciência do que deixou para trás
ou
do destino que tem diante de si.
Tentamos responder à pergunta “Quem somos?” falando sobre
nossa profissão e o cargo que ocupamos, mostrando o carro
que dirigimos ou mesmo dizendo qual religião professamos,
mas
esses elementos estão à margem da verdadeira essência de uma
pessoa.
Assim como nossos sonhos nos definem, nossa identidade é a
sensibilidade que nos distingue dos demais companheiros humanos, é nossa
contribuição única para o mundo, nossa missão pessoal.
Encontrar essa missão pode ser o trabalho de toda uma vida,
mas apenas o fato de buscá-la já nos permite saber aonde vamos.
_Livro: Nietzsche para estressados
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