quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Imagem de KK França ( Arte Destrutiva )



"...É estranho como a ideia de pertencer a alguém pode parecer maravilhosa? É algo tranquilizador. Gostamos da ideia de estarmos protegidos, até que ficamos sufocados demais. Gostamos de ter segurança, até que ela signifique que não existe mais saída. E gostamos de pertencer a alguém, até percebermos que não somos mais nós mesmos..."
(#UmLugarPraFicar - DEB CALETTI)

Fora Do Alcance.


Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem o presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido. – Dalai Lama

“Se todos fossem pobres então todos seriam ricos”. Mas o ser humano parece ter mania de grandeza, querendo sempre passar um por cima do outro, “ser melhor”, fazer "melhor".


Multe universos individualistas e egocêntricos. É isso que somos.


Vivemos querendo provar quem pode mais. Quem tem mais. Quem dá a ultima palavra. E quem vai resistir mais tempo.


A felicidade esta aqui e ali. Esta onde você não esta, não vê. Esta fora de alcance. Quanto mais gritar por ela, mais ela se afastara. E quanto mais perto chegar, mais depressa ela ira correr. E por que tudo isso?


Por não estarmos satisfeitos nunca, porque a cada meta alcançada, varias outras surgem.
Porque a felicidade esta "fora de alcance" dos sonhos. Ela esta entre eles.
No meio de cada luta por vitoria. No meio das lagrimas. No meio da historia, nunca terminada. Esta entre uma meta e outra.

Livro: Pálido ponto azul.

Pálido ponto azul é sobre esse novo reconhecimento, que ainda nos invade lentamente, de nossas coordenadas, de nosso lugar no Universo – e de como um elemento central do futuro humano se encontra muito além da Terra, embora o apelo da estrada aberta esteja hoje emudecido.
Nos dias de hoje não parece haver mais nenhum lugar para explorar, ao menos na área terrestre do planeta. Vitimas de seu próprio sucesso, os exploradores agora ficam bastante tempo em casa.

Outros mundos, o que nos espera neles, o que eles nos dizem sobre nós mesmos e – dados os problemas urgentes que nossa espécie enfrenta no momento – se faz sentido partir. Deveríamos resolver esses problemas primeiro? Ou serão eles uma razão a mais para partir?



Herman Melville, em Moby Dick, falou pelos errantes de todas às épocas e meridianos: “Sou atormentado por um desejo constante pelo que é remoto. Gosto de navegar mares proibidos...”.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Imagem de KK França ( Arte Destrutiva )


Lembranças...


Todos os dias quando passo perto de você, sinto uma angustia tremenda, não vou negar. Hoje em especial, quando estávamos andando na mesma calçada me veio uma enxurrada de lembranças. Mas eu não quero lembrar, não quero me sentir assim toda vez que passar por você.
Já não fico pensando tanto no que passou, mas ainda me pego lembrando as nossas risadas.
Sinto falta dos teus abraços desesperados, angustiados e aflitos.
Dos teus olhos perdidos.
Do teu sorriso amigo.
Tudo isso passou. E eu realmente aceitei, estou bem e nem quero tentar te entender.

Antes de amanhecer


"Entre uma certeza e outra existe um milhão de dúvidas.
Não tenha medo, o caminho é longo e não existem mapas.
Tive que morrer um milhão de vezes, e ainda estou vivo.
Estou esperando algo, não sei o que isso quer dizer.
Nada anda tendo muito sentido, nada tenho sentido.
Deite, já estamos quase dormindo, deixe a Lua na cabeceira.
Antes de amanhecer, estaremos bem longe daqui".


- Autor Desconhecido. 

O que Me motiva a escrever...


É a vontade de desentalar tudo o que fica preso na minha garganta. Cada um se liberta como pode, uns pelo canto, uns pelo desenho, uns pela dança, outros pela fala ou pela arte num modo geral, enfim, de varias formas. Mas como nem eu mesma sei lidar com meus sentimentos, de tão fortes que são, cada vez que tento me expressar é um caos.
Só escrevendo me alivio. E assim acho que posso libertar outras pessoas, com o sentimento de compreensão a cada fez que lerem e se intensificarem algo que escrevi.

“A falta de vontade de falar. A facilidade de deixar no papel os mais profundos desejos, medos e alegrias sem receio algum.”

O que te motiva a escrever?


Olha, particularmente, não acredito que escrever é um ato vitorioso, redentor, engrandecedor. Ao contrário, escrever é sempre estranhar à linguagem. É como o coiote correndo atrás do papa-léguas.... Tentar capturar a próxima palavra, aquela palavra que ajudará a continuar... E nunca tem fim, eu nunca terei posse do escrevi, pois para mim o texto escrito sempre estará inacabado. E quando acabo de escrever dá certo alívio, mas dura até a próxima história. Acho que o escritor está sempre na fronteira entre o mais intimo e pessoal e o ficcional. E esse espaço é sempre solitário! Talvez o que me motive a escrever é a próxima palavra, a próxima frase, a próxima história. Talvez seja a solidão por habitar uma zona intermediária entre o real e o ficcional, Ou talvez, eu goste de ser um fingidor, e fingir que a dor que eu escrevo é a dor eu deveras sinto.

Henrique Lima 

Tudo que me cabe.

Sei que ninguém gosta de meias palavras, confesso que muito menos eu.
palavras inteiras doem.
Palavra nenhuma confunde.
Palavra vazia é inútil.
Palavra bonita emociona, muitas vezes, engana.

Uso as palavras, pois estas são tudo que me cabe. Elas podem ser assassinas cruéis, contidas, infiéis. Sensacionais, inconstantes, confusas, abundantes. Irrelevantes, trucidantes, reveladoras, redundantes. Incentivadoras, discordantes, amedrontadoras, degradantes. Uma saída ou uma prisão.

É um mundo confuso esse das palavras, abriga sentimentos e ações tão variados. Mas é o meu reino, sou dona das minhas palavras e as uso como bem entender. Aqui sou livre para criar, criar a minha magia, em multiuniversos.